Chega
uma fase da vida que simplesmente deixamos ir.
Deixamos ir às pessoas que já não
são as mesmas de antes, as amizades que hoje não fazem tanto sentido e os
amores que antes morreríamos por eles. Apenas abrimos a porta –mesmo que esta não
queira ser aberta- e deixamos ir.
Deixamos
porque no fundo temos consciência que faz bem, por mais que naquele momento não
aceitamos isso. Negação ou aquela tal venda nos olhos é normal, afinal, quem não
quer se apegar ao que é tão cômodo e esporadicamente bom?
Porém,
assim como as estações que vem e vão, as pessoas, as amizades, gostos e amores,
uma hora também vão ou mudam.
Meu histórico
de relacionamento nunca foi do mais simples de todos. Não consigo dizer com
certeza de ter passado por um relacionamento sem todo o drama possível.
Mas afinal,
pra que todo esse drama? Sou da leva de pessoas que não conseguem desapegar fácil
das coisas. Não sei dizer apenas fim e fim, todo o meu final vem acompanhado de
uma bagagem de dramas, choros e “talvez quem sabe, não de certo ainda?
Mas a
verdade é que se paramos pra pensar se vai dar certo, é porque já não está
dando certo há muito tempo.
O amor é
um sentimento lindo, mas talvez ele tenha seu limite de tentativas frustradas de
um possível “nós damos certo”.
O amor,
famoso “fogo que arde sem se ver”, ou “amei alguns garotos, mas depois de você os
outros são os outros e só”, pode e deve ser a coisa mais deliciosa dessa vida. Afinal,
já não faz bem pra que procrastinar um sentimento de puro desgaste para ambos?
Pra que forçar um sentimento que se mantem apenas por mero sentir e não ações? São
perguntas fáceis de fazer e difíceis para serem aceitas.
Talvez o
deixar ir seja realmente ação mais sabia a se fazer, talvez, não, realmente o
deixar ir seja a ação mais sabia e certa.
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