segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Mas eu sou inteiramente tragada pela pessoa que amo. 
Sou como uma membrana permeável. Se eu amo você, eu lhe dou tudo que tenho. Dou-lhe o meu tempo, a minha dedicação, o meu dinheiro, a minha família, o meu cachorro, o dinheiro do meu cachorro, o tempo do meu cachorro - tudo. Se eu amo você, carregarei para você toda a sua dor, assumirei por você todas as suas dívidas  (em todos os sentidos da palavra), protegerei você da sua própria insegurança, projetarei em você todo o tipo de qualidade que você na verdade nunca cultivou em si mesmo e comprarei presentes de Natal para sua família inteira. Eu lhe darei o sol e a chuva. Darei a você tudo isso e mais, até ficar tão exausta e debilitada que a única maneira que terei de recuperar minha energia será me apaixonar por outra pessoa.

-comer, rezar e amar.

sábado, 11 de novembro de 2017

“Nem vai, nem vem, nem volta e nem fica...”

Chega uma fase da vida que simplesmente deixamos ir. 

Deixamos ir às pessoas que já não são as mesmas de antes, as amizades que hoje não fazem tanto sentido e os amores que antes morreríamos por eles. Apenas abrimos a porta –mesmo que esta não queira ser aberta- e deixamos ir.
Deixamos porque no fundo temos consciência que faz bem, por mais que naquele momento não aceitamos isso. Negação ou aquela tal venda nos olhos é normal, afinal, quem não quer se apegar ao que é tão cômodo e esporadicamente bom?
Porém, assim como as estações que vem e vão, as pessoas, as amizades, gostos e amores, uma hora também vão ou mudam.
Meu histórico de relacionamento nunca foi do mais simples de todos. Não consigo dizer com certeza de ter passado por um relacionamento sem todo o drama possível.
Mas afinal, pra que todo esse drama? Sou da leva de pessoas que não conseguem desapegar fácil das coisas. Não sei dizer apenas fim e fim, todo o meu final vem acompanhado de uma bagagem de dramas, choros e “talvez quem sabe, não de certo ainda?
Mas a verdade é que se paramos pra pensar se vai dar certo, é porque já não está dando certo há muito tempo.
O amor é um sentimento lindo, mas talvez ele tenha seu limite de tentativas frustradas de um possível “nós damos certo”.
O amor, famoso “fogo que arde sem se ver”, ou “amei alguns garotos, mas depois de você os outros são os outros e só”, pode e deve ser a coisa mais deliciosa dessa vida. Afinal, já não faz bem pra que procrastinar um sentimento de puro desgaste para ambos? Pra que forçar um sentimento que se mantem apenas por mero sentir e não ações? São perguntas fáceis de fazer e difíceis para serem aceitas.

Talvez o deixar ir seja realmente ação mais sabia a se fazer, talvez, não, realmente o deixar ir seja a ação mais sabia e certa.